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Tecnologia Inovadora – Sirius – Acelerador de partículas do Brasil

Sirius – LHC

O Sirius, localizado em Campinas, São Paulo, é a mais avançada fonte de luz síncrotron do Brasil e uma das mais sofisticadas do mundo. Inaugurado em 2018, após um investimento de R$ 1,8 bilhão, o Sirius é a maior e mais complexa infraestrutura científica já construída no país. Seu objetivo principal é produzir luz síncrotron de altíssimo brilho, abrangendo desde o infravermelho até os raios X, permitindo a investigação detalhada da composição e estrutura da matéria em diversas áreas do conhecimento.

O funcionamento do Sirius baseia-se na aceleração de elétrons a velocidades próximas à da luz. Esses elétrons percorrem um anel de armazenamento com 518,4 metros de circunferência, sendo desviados por ímãs que os forçam a realizar curvas. Durante essas curvas, os elétrons emitem radiação eletromagnética, conhecida como luz síncrotron. Essa luz é canalizada para as linhas de luz, onde são realizados experimentos que permitem observar aspectos microscópicos dos materiais, como átomos e moléculas, estados químicos e organização espacial.

O Sirius possui diversas linhas de luz, cada uma dedicada a técnicas específicas de análise. Entre elas, destacam-se a linha MANACÁ, voltada para cristalografia de macromoléculas, e a linha CATERETÊ, dedicada a espalhamento coerente e resolvido no tempo de raios X. Essas linhas permitem a realização de experimentos avançados em áreas como biologia molecular, ciência dos materiais e física.

A construção do Sirius envolveu desafios significativos, como a necessidade de um piso extremamente estável para evitar vibrações que pudessem interferir nos experimentos. Além disso, o projeto contou com a participação da indústria nacional, alcançando um índice de nacionalização de cerca de 85%, estimulando o desenvolvimento tecnológico no país.

Desde o início de sua operação, o Sirius tem contribuído para avanços científicos significativos. Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, a linha MANACÁ foi utilizada para investigar a estrutura de proteínas do SARS-CoV-2, auxiliando no desenvolvimento de medicamentos contra o vírus. Além disso, o Sirius permite pesquisas em áreas como novos materiais, fontes renováveis de energia e agricultura, com potencial para gerar impactos econômicos e sociais relevantes.

Em resumo, o Sirius representa um marco na ciência brasileira, posicionando o país na vanguarda da pesquisa científica mundial. Sua capacidade de produzir luz síncrotron de altíssimo brilho abre novas fronteiras para a investigação científica, permitindo a realização de experimentos até então impossíveis no Brasil e contribuindo para o desenvolvimento de soluções inovadoras em diversas áreas do conhecimento.

Conclusão

O Sirius representa um marco científico e tecnológico para o Brasil, posicionando o país entre os líderes mundiais em pesquisa com luz síncrotron. Mais do que apenas um acelerador de partículas, o Sirius é uma infraestrutura científica estratégica que impulsiona o desenvolvimento de diversas áreas, como biomedicina, ciência dos materiais, energia renovável e agricultura. Sua construção, com alta participação de tecnologia nacional, demonstra a capacidade do país de enfrentar desafios complexos e inovar em grande escala. Além de contribuir para descobertas científicas, o Sirius também fortalece a colaboração entre instituições de pesquisa, universidades e setores industriais, criando um ecossistema propício para a inovação. Com sua operação plena, o Sirius não apenas impulsiona o conhecimento científico, mas também contribui para a solução de desafios globais, consolidando o Brasil como um protagonista na produção de ciência de ponta.

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